O osso humano não é um órgão estático e inerte. Muito pelo contrário, ao longo da vida ele está em metabolismo constante, sempre se remodelando, reconstruindo. De forma geral, adquirimos massa óssea até os 25-30 anos de idade. Após essa fase, há sempre um equilíbrio entre formação de reabsorção de osso. Quando esse equilíbrio é perdido, e há mais reabsorção óssea, pode ocorrer fragilidade do osso osteopenia e finalmente osteoporose, com consequente risco de fraturas. Em mulheres, isso é mais evidente após a menopausa, mas pode ser encontrado em diversas etapas da vida em ambos os sexos, quando há fatores predisponentes. Fraturas são especialmente perigosas em indivíduos idosos, principalmente quando limitam a locomoção.
O diagnóstico de osteoporose em geral é feito pelo exame da densitometria óssea de coluna lombar, fêmur e, em situações específicas, de outros locais, como o rádio. O que a densitometria dá é o grau de mineralização do osso, e classifica o indivíduo em normal, osteopenia e osteoporose. Há outros métodos mais recentes e mais sofisticados que podem eventualmente ser indicados para avaliar outros parâmetros (microarquitetura óssea, por exemplo) como o VFA (vertebral fracture analysis), o TBS (trabecular bone score), HR-pQCT (high resolution peripheral quantitative computed tomography), e diversos outros, mas, para diagnóstico, o indicado ainda é a densitometria mineral óssea.
O tratamento da osteoporose visa a atenuar a perda de massa óssea e reduzir o risco de fraturas osteoporóticas, muitas vezes inclusive recuperando massa óssea. O tratamento geral envolve garantir uma ingestão adequada de cálcio e níveis adequados de vitamina D, além de (salvo contraindicação) prática de atividade física adaptada para osteoporose. O tratamento medicamentoso evoluiu muito na última década, e atualmente dispomos de excelentes opções, de acordo com o caso e a gravidade. Algumas delas são orais, outras são subcutâneas ou intravenosas. Há opções que devem ser usadas diariamente, semanalmente, mensal, semestral e até uma vez por ano, apenas. Durante o tratamento, deve-se realizar acompanhamento, a interrupção desassistida de algumas medicações pode aumentar o risco de fratura.
Osteoporose é uma doença que tem interface com diversas especialidades. Uma delas é a endocrinologia e metabologia. Isso porque o osso possui um metabolismo bem sofisticado, diferentemente do que imaginamos. Há diversos hormônios e sinalizadores que atuam sobre o metabolismo do osso, como o paratormônio, a calcitonina, o estrógeno, a esclerostina, a via Wnt de sinalização, etc. O endócrino é habilitado para tratar todos os tipos de osteoporose, mas é especialmente acionado quando se suspeita de causas secundárias de osteoporose - que podem ser bem frequentes - como no Hiperparatireoidismo primário, entre outras.
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), completou as residências médicas em Clínica Médica e Endocrinologia e Metabologia na mesma instituição. O Dr. Carlos Eduardo Seraphim conta com título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), além de trabalhar na área acadêmica, tendo sido preceptor da residência médica em Endocrinologia e Metabologia da USP. Seu doutorado realizado na USP é na área em Endocrinologia do Desenvolvimento (crescimento e puberdade) e Metabolismo. Atua também em pesquisa clínica nas áreas de crescimento, desenvolvimento, saúde óssea, metabolismo, obesidade e diabetes.
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Para pessoas com osteoporose/fraturas ou com fatores de risco atualmente o ideal é manter níveis acima de 30 ng/mL. São exemplos de situações de risco: idosos, gestantes, pacientes com osteomalácia, raquitismo, hiperparatireoidismo secundário, portadores de doenças inflamatórias, doenças autoimunes e renal crônica e pacientes antes e depois da cirurgia bariátrica. Há um conceito equivocado mas muito disseminado que "quanto mais vitamina D melhor" e alguns estipulam valores alvo arbitrários e pouco embasados. Nesses casos, deve-se tomar cuidado com o risco de intoxicação com vitamina D, que pode ser grave e é especialmente comum com níveis acima de 100 ng/mL.
No mundo atual é difícil para muitos indivíduos de centros urbanos ter exposição solar adequada, que garanta níveis adequados de vitamina D, fora dos horários de pico que aumentem risco de doenças de pele. Além disso, há fatores étnicos e genéticos que fazem com que alguns indivíduos precisem de muito mais exposição solar que outros. Sendo assim, em pacientes de risco, a reposição de vitamina D acaba sendo frequentemente indicada. Há formulações orais em comprimidos, cápsulas e xarope, que podem ser diárias, semanais e até mensais. As doses devem ser ajustadas de acordo com a experiência do profissional e os protocolos. Antigamente era comum a reposição de vitamina D intramuscular, quando havia necessidade de combate de raquitismo em regiões de difícil acesso. Atualmente, muitas ampolas de vitamina D disponíveis no mercado têm origem duvidosa e deve-se ter cautela e exigir a bula da medicação.
Recomenda-se atividade em que haja algum nível seguro de compressão do osso, que gera estímulo de formação óssea. Portanto, são indicados exercícios com peso corporal, associados ao fortalecimento muscular e de postura. Existem treinamentos específicos para projeção em quedas para reduzir o risco de fraturas de fêmur. Em pacientes com osteoporose grave, com fragilidade e alto risco de fratura, a própria caminhada pode ser uma atividade física interessante e com menor risco, contanto que não haja contraindicação médica, o paciente não tenha risco elevado de queda e o ambiente seja livre de objetos ou desníveis que possam causar quedas.
O tema é complexo e está em constante evolução na literatura médica. Os estudos atuais são conflitantes, com alguns indicando maior risco cardiovascular e outros indicando neutralidade e até menor risco cardiovascular. O que é seguro de se afirmar é que a reposição de cálcio sem otimização dos níveis de vitamina D não é tão eficaz. Além disso, deve-se preferir, sempre que possível, aumentar a ingestão de cálcio na própria dieta. Quando essa for difícil de se atingir, a reposição em comprimidos de cálcio parece segura quando é realizada de forma individualizada e quando se evita excesso de reposição. Há formas de calcular a ingestão de cálcio do paciente e somar isso a reposição, para atingir a ingestão diária sugerida de 1000-1200 mg de cálcio por dia, sem ultrapassar muito essas quantidades.
Há medicamentos para o tratamento de osteoporose que podem ser pausadas periodicamente, pois tem ação prolongada, e a pausa pode ser desejável em alguns casos para reduzir riscos de fraturas atípicas. No entanto, outras medicações não devem ser interrompidas sem orientação médica, pois não tem ação prolongada e sua interrupção pode aumentar subitamente o risco de fraturas. O ideal sempre é ter um bom acompanhamento e um bom diálogo com o médico.
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